Do muito que se fala, na realidade, pouco se diz e quase nada se faz! Cada vez mais, a prática de tecer críticas sem conhecimento de causa, e o inexistente surgimento de soluções, torna-se um hábito social. Criticar é um acto simples, fazer melhor é que requer competências. Contudo, apesar de não vivermos numa sociedade perfeita, devemos aspirar ao seu melhoramento mas, para isso, não basta falar! É necessário compreender que na selvajaria do mundo real nem todos os nossos sonhos de infância são possíveis. Que, não é ao batermos o pé incessantemente que os problemas desaparecerão. Para nos livrarmos deles deve haver união e entreajuda entre professores, alunos, associações de estudantes, associações de pais e órgãos directivos das escolas.
Legalmente, existem formas de reivindicar os nossos direitos. Mas o pleno uso de um direito requer a consciência de que também temos responsabilidades. E um dos nossos deveres é pensar!
A escola, no seu sentido histórico, é uma reunião de pensadores, onde se trocam conhecimentos. Porém, por mais que melhoremos as condições físicas de um estabelecimento de ensino contemporâneo, os problemas intelectuais dos jovens portugueses manter-se-ão. No que diz respeito ao sistema de ensino português há imensas reformas estruturais que deveriam ser implementadas. No entanto, nenhuma delas surtirá efeito se os jovens portugueses não encararem a escola como um local de estudo.
E mais, lembrem-se que a vossa liberdade de ostentação (e até de mero exibicionismo) dos bens materiais que, por felicidade, a vossa família tem condições de vos ceder pode, por vezes, causar a discriminação social daqueles que, por infelicidade do destino, não têm o vosso poder económico. Lembrem-se que numa escola se ganha o dom mais precioso que o ser humano pode ter: ser possuidor de conhecimento! E não há riqueza que vos possa facilitar a aquisição da sabedoria.
Em suma, esqueçam tudo o que seja físico numa escola e dignem-se à honrosa condição de aprendizes. Como diria Aristóteles (filósofo grego): “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.”
Grato pela atenção,
Carlos Leal
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