quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Protesto Contra Os Professores

Caros Alunos,

Basta de manipulações! O que está em questão neste frenético protesto não é o estatuto do aluno nem a vossa educação. O protesto deve-se ao facto de que os professores e funcionários públicos recusam-se a serem avaliados pelo seu desempenho nas suas funções. Ainda ontem a ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, apresentou algumas medidas para a avaliação de professores ser feita correctamente, tais como:
  • - A avaliação de um professor será feita por outro professor da mesma área.
  • - O número de avaliações exigidas baixará de três para duas e será reduzida a quantidade de fichas de avaliação de forma a não atarefar demasiado os professores.
  • - Os alunos deixarão de ter representação directa na avaliação dos professores.
Mesmo com o esforço do Governo para tentar criar um modelo de avaliação coerente e justo os professores continuam a insinuar que a única medida é a suspensão do modelo de avaliação. Discretamente os professores e funcionários públicos reivindicam uma carreira segura e em constante evolução independentemente do seu desempenho.
Se os alunos são avaliados os professores e funcionários também deverão ser. Esta avaliação serve para melhorar a qualidade de ensino e para acabar com o comodismo que as efectivações trazem. Tal como numa empresa: os bons funcionários sobem de posto enquanto que os que não têm tantas capacidades ficam no mesmo patamar. Isto é o justo! É necessário dar valor a quem realmente merece.
A Finlândia tem o melhor sistema educacional do mundo e lá os professores também são avaliados. A Finlândia aposta na boa formação dos professores de tal forma que o título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico. É obrigação dos alunos apoiar o Governo na reformulação do sistema de ensino porque a reformulação do sistema de ensino português tem como objectivo o seu melhoramento e, fundamentalmente, tenta proporcionar uma educação mais eficaz.
Portanto, está na hora dos alunos ganharem a consciência de que estão a ser manipulados pelos professores, está na hora de concordar com o sistema de avaliação de desempenho dos professores e terminar, definitivamente, esta rebelião porque no final do ano lectivo tudo isto reflectir-se-à nos vossos resultados e, aí, ninguém culpará os professores pelos dias que faltaram ou pelo tumulto que causaram, culparão os alunos porque tiveram um fraco aproveitamento!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Manifesto Nacional

Portugueses,

Entre a realidade e a utopia existe apenas o espaço necessário para fazer o homem acreditar que consegue evoluir, que consegue ultrapassar todas as barreiras. No nosso sangue ainda corre a coragem dos homens, utópicos, que lutaram pela formação do nosso país. Foi árdua e dolorosa a conquista do território onde hoje habitamos, desta terra que hoje pisamos e da qual somos filhos. Contudo, passados mais de oitocentos anos do reconhecimento da nossa independência, somos a prova viva de que a utopia dos nossos antepassados se tornou em realidade. Da mesma forma que esta utopia foi possível de concretizar, embora com muito esforço e coragem, é possível colocar novamente o nosso país no altar do esplendor e da bravura. Para isso precisamos de unir-nos, precisamos de deixar brotar a nossa alma lusitana, precisamos de romper o comodismo e levantar a uma só voz a nossa descrença em quem nos governa.
Neste momento atravessamos um período muito difícil. Temos de consciencializarmos-nos de que para ultrapassarmos esta crise teremos de privar-nos de alguns luxos em prol do desenvolvimento da nossa nação. Não adianta acreditar na ideia de que os ventos nos trarão riqueza, é preciso lutar! É preciso avivar a nossa nacionalidade e enfrentar todos os nossos inimigos com a mesma garra com a qual os nossos antepassados se sacrificaram para que hoje possamos dizer, honradamente, que somos portugueses. Façamos jus à nossa nacionalidade fazendo com que a nossa pátria evolua ao sabor do nosso suor.
Não podemos continuar vivendo na ilusão de que todos somos ricos quando, no fundo, todos somos pobres. O país está em crise, os nossos costumes e tradições perdem-se de geração em geração, a nossa língua tem sofrido constantes injúrias... É da nossa responsabilidade resolver tudo isto. Somos nós, mostrando sermos donos de cultura e sapiência, que mostraremos ao mundo que não somos pertence de um planeta globalizado, mas que somos únicos, somos guerreiros e somos portugueses!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

"Seis Meses Sem Democracia"

A presidente do PSD entrecortou esta terça-feira uma intervenção contra a implementação de reformas hostis às classes profissionais com a alusão a um cenário de “seis meses sem democracia”. As palavras de Manuela Ferreira Leite mereceram fortes críticas por parte do líder parlamentar do PS, que acusou a líder do maior partido da Oposição de ser detentora de uma “cultura autoritária”.
Fonte: RTP

A ideia à primeira vista pode parecer absurda mas desde a Roma Antiga que este tipo de governação se pratica e é utilizada apenas em períodos de crise tendo em conta a rápida resolução da caótica situação do país.

Vejamos:

Ditador era o título de um magistrado da Roma antiga apontado pelo senado para governar o estado em tempo de emergências.
...
Os ditadores romanos eram geralmente apontados por um consul e eram investidos de avassaladora autoridade sobre os cidadãos, mas era originalmente limitados por um mandato de seis meses e não possuíam poderes sobre as finanças públicas.
...
No sistema da República romana, um ditador era a pessoa a quem era concedido temporariamente um significativo poder sobre o estado durante tempos de guerra. O mandato durava apenas seis meses. O modelo ideal foi Cincinnatus, que, de acordo com a lenda, estava arando a terra quando chamado para ser ditador, saindo para salvar Roma e depois retornando ao trabalho, renunciando todas as honras e poder, após apenas três meses.
Fonte: Wikipédia

Apesar de que a abolição da democracia gera a implementação de sistemas totalitários, penso que devidamente estruturado poderíamos criar o cargo de ditador da era moderna. Na lástima em que o país se encontra só alguém com amor ao país e com pulso de ferro conseguirá acalmar o sentimento de desânimo, diminuir o nosso endividamento e fazer com que Portugal restabeleça uma economia estável e promissora.
Não vejo, no entanto, na classe política ninguém suficientemente honesto e capaz para estruturar o país e para abdicar de muitos dos luxos e regalias a que estamos habituados para contornar a crise.
Poderá ser chocante a ideia de sermos governados por um ditador mas se este não tiver controlo das finanças públicas a sua função é apenas de re-organizar o país. Se isto não acontecer, mais tarde ou mais cedo, o país piorará até ao ponto em que todo o povo se insurgirá contra a classe política. O aumento do desemprego, da fome, do endividamento das famílias fará reinar o caos e aí ou caímos numa guerra civil ou elegemos um ditador perpétuo.

A Revolta dos Professores

Nestes últimos tempos muito se tem ouvido falar acerca do novo sistema de avaliação de desempenho dos professores. Por parte dos professores existe uma rejeição absoluta do sistema o que provocou imensas manifestações e um clima de instabilidade nas escolas.
Os professores discordam deste sistema porque basicamente este sistema poderá impedir o progresso nas suas carreiras se tiverem uma avaliação negativa. Mas se pensarmos bem isto será de todo justo. Já é hora de acabar com os "tubarões" das escolas, que após muitos anos se acomodam ao conforto que a idade lhes confere e acabam por não ter um desempenho profissional muito correcto. Quantos de nós já não tiveram um professor que passava mais tempo a falar da sua vida do que a leccionar? Quantos de nós já não sentiram dificuldade em compreender as matérias porque um professor não se fazia entender com clareza?... Precisamente para acabar com este comodismo de uma carreira vitalícia e sempre crescente é que existe este sistema de avaliação do desempenho dos professores. Quem não for bom professor, não merece evoluir na carreira!
A revolta por parte dos professores, na minha opinião, é o travar do evolutivo processo de retirada de regalias aos funcionários da função pública por parte do Governo. Porque na verdade os professores não pretendem ser avaliados, até agora ainda não vi nenhuma proposta por parte do sindicato dos professores para se regulamentar correctamente este sistema de avaliação porque simplesmente o que os professores pretendem é a segurança de uma carreira em constante evolução, sem temer que o seu mau desempenho profissional os possa penalizar na colocação ou no ordenado.


No entanto, quer-me parecer que a revolta dos estudantes acaba por ser alimentada pela revolta dos professores. E que, sagazmente, os professores estão a manipular os alunos de forma a criar um sentimento de revolta geral com as reformas do Governo.



Mais informações sobre o novo sistema de avaliação de desempenho dos professores em:

Novo sistema de avaliação de desempenho de professores

Perguntas frequentes sobre a avaliação do desempenho dos docentes

domingo, 2 de novembro de 2008

Negócios da China

É certo e sabido que nas "lojas dos chineses" se encontram produtos baratos. Também é de conhecimento geral que esses mesmos produtos são produtos sem qualidade. Mas, a situação económica do nosso país obriga a que muitos portugueses usem este comércio para adquirirem bens (muitos deles supérfluos).
Bom, a grande questão centra-se em conseguirmos compreender como é que os produtos oriundos da China conseguem cá chegar a um preço tão baixo e como conseguiremos criar condições para que as nossas empresas possam competir com as empresas chinesas.

Vejamos: BBC

Ora bem, crianças de doze anos trabalham treze horas por dia, sete dias por semana, a ganharem menos do que trinta cêntimos por hora. Como é lógico, com estas condições é fácil reduzir os preços. Para além disso a China tem uma enorme percentagem de trabalho escravo sendo que muitas crianças são raptadas para posteriormente serem vendidas e tornadas escravas. Na China, cerca de dez milhões de crianças não frequentam a escola e cinco milhões trabalham em condições desumanas.
Se propusessem algo semelhante às industrias portuguesas certamente que recusaríamos por atentar contra os direitos humanos, no entanto, ao comprarmos os produtos dos chineses tornamos-nos cúmplices desta selvajaria. Ao comprarmos algo provindo da China poderemos estar a negar o direito ao estudo e à diversão a uma criança, estamos a colaborar com empresários gananciosos que têm como política de maximização de lucros a exploração infantil e a escravatura.


Os maiores problemas da economia chinesa são a crescente falta de mão-de-obra qualificada, o aumento da dependência de recursos energéticos externos (principalmente o petróleo) e a instabilidade política criada pelo enfraquecimento do controle central do partido comunista.

Crescendo 9,5% ao ano nos últimos tempos, a China vem se afirmando no futuro próximo como a maior economia do globo, prevendo superar o Estados Unidos entre 2020 e 2040.

Fonte: Wikipédia


No simples acto de comprarmos algum produto numa "loja dos chineses" estamos a colaborar com um crescimento económico desenfreado que não tem em conta a educação e o desenvolvimento sustentável. Estamos a tirar uma criança da escola para esta ocupar um lugar, escravo, numa industria altamente desenvolvida mas que não se preocupa com as questão ambientais, tornando assim a China num dos países mais poluentes do mundo. Estamos apenas a fechar os olhos e a crer que o desbarato do produto se deve à produção em massa. No fundo, ao efectuarmos transacções comerciais com "lojas dos chineses", estamos a olhar apenas para o nosso umbigo e a pensar que o produto é muito mais barato esquecendo-nos de que com isso estamos a condenar as nossas indústrias à falência e a colaborar com todos os magnatas que se aproveitam das políticas comunistas da China para maximizarem o lucro.